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1940's Sylvac Cheese Dish test

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1940's Sylvac Cheese Dish test

Primeiro livro ocidental sobre a arte sino-nipónica milenar dos bonsai, do qual é possível sinalizar apenas seis exemplares em todo o mundo, não havendo também qualquer registo da sua venda nas últimas décadas.

Apesar de não ser completamente desconhecida na Europa, a técnica de miniaturização arbórea japonesa havia merecido apenas breves considerações em relatos dispersos desde a chegada dos portugueses a Tanegashima em 1543, até aos primeiros artigos científicos publicados em França já pelos finais do século XIX. A reabertura do Japão ao mundo, que se acentua a partir dos últimos anos da década de 50 deste mesmo século, teve um impacto cultural extraordinário no Ocidente, despertando e renovando o fascínio europeu e norte-americano pelo Império do Sol Nascente, que tinha atenuado durante mais de dois séculos com o seu isolamento voluntário (Sakoku). Este novo olhar de grande curiosidade sobre a cultura nipónica, sobretudo em meios artísticos e culturais que ansiavam pelo novo e pela libertação dos academicismos, tornou-se obsessivo ao ponto de influenciar as artes visuais e vários aspectos da cultura europeia, levando mesmo à criação do termo japonisme para o identificar.

Ainda que um primeiro ensaio tenha sido feito na Weltausstellung Wien de 1873, foi na terceira Exposition universelle de Paris, em 1878, que o Japão exporia, pela primeira vez na Europa e com critério de exclusividade,  bonsai no seu pavilhão. Neste contexto de deslumbramento e redescoberta, surgiram vários textos sobre esta arte, alguns dos quais identificados pelo jovem autor, que assume terem-no ajudado a elaborar a obra. No entanto, seria preciso esperar até 1902 para que esta fosse concluída e impressa, surgindo dos prelos como o primeiro livro inteiramente dedicado a esta prática apaixonante que continua a cativar os japoneses e milhões de pessoas por todo o orbe terrestre. Desconhece-se a tiragem original, mas foi certamente muito limitada, como é habitual em algumas publicações parisienses desta época. A obra encontra-se ilustrada com belas fotogravuras a preto, na mancha e hors-texte.

Albert Alexandre Léon Julien Maumené (1874 — 1963) foi um jornalista francês que dedicou grande parte da sua carreira à escrita e à coordenação de obras sobre jardinagem, horticultura e botânica, tendo sido ainda um pioneiro na fotografia de flores e na invulgar prática da fotografia aplicada em frutas. Escreveu também sobre alguns aspectos da cultura tradicional francesa, como o mobiliário. Natural de Breteuil, no Oise, onde nasceu a 16 de Janeiro de 1874, viveu uma longa vida, tendo falecido em Paris a 2 de Junho de 1963.

A belíssima capa art nouveau está assinada pelo pintor de origem judaica Moïse Marcel Bloch (1882 — 1966), que contava na altura apenas 19 anos. A utilização do imaginário japoniste denota grande sensibilidade e conhecimento pela cultura nipónica, como a colocação de caracteres kanji («A Arte [ou técnica] do bonsai», na capa anterior e «Bonsai japoneses» na posterior). Bloch teria uma carreira de grande sucesso, tendo desenvolvido, pelos anos 20 do século passado, figuras humorísticas de sabor art déco inspiradas no século XVIII que se tornaram bastante famosas em França. Foi membro do Salon des Indépendants, do Salon des Artistes Français, expôs no Salon des Humoristes e fez parte do comité da Société des Dessinateurs Humoristes. Trabalhou bastante no mundo editorial, ilustrando grandes obras de autores franceses (oitocentistas e contemporâneos seus, como André Maurois) e manuais escolares. Não foi possível encontrar qualquer referência a esta sua interessante colaboração na juventude com Maumené, o que valoriza ainda mais este exemplar. Bloch foi combatente na Grande Guerra, tendo o seu nome sido inscrito no Livre d’or des soldats de Verdun.

Pela presença do seu ex-libris e por orientações do actual proprietário sobre proveniências prévias, conseguimos traçar o percurso deste raríssimo exemplar até à biblioteca do industrial e grande bibliófilo português Victor Marat d’Ávila Perez (1881 — 1968), uma das melhores bibliotecas portuguesas do século XX, que foi leiloada parcialmente em 1939 e que deu origem a um catálogo bibliográfico de referência. Mais tarde, o volume passaria à biblioteca do Palácio Burnay, em Lisboa.

Exemplar em bom estado geral de conservação. Minúsculas falhas de suporte na cabeça e pé da lombada. Algum desvanecimento das capas de brochura e presença esporádica e ténue de picos de acidez no interior.

Peça de colecção.


Measurement:  35 cm
Measurement with frame:  47 cm
Depth:  15 cm


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